sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Preparação e partida

Buenas Camaradas!

Gostaria de escrever com mais frequência, tal qual blogueiros "profissionais", mas: falta de tempo+preguiça de mexer no PC no tempo livre = grande tempo entre posts.

Retomando o assunto, o principal objetivo deste blog, é dividir nossas experiências de marinheiros de primeira viagem com marinheiros de primeira viagem, ou com aqueles que estão com os pés inquietos para romper pela ER, mas falta aquele empurrãozinho...


Pois bem, nossa bíblia foi o http://estradareal.tur.br/, lá tem tudo que é preciso para se empolgar, baixamos os roteiros planilhados, lemos as descrições das cidades e das estradas e ainda fizemos a inscrição para retirar os passaportes. Leia tudo com bastante atenção. As descrições ajudam demais! Claro que haverá algum erro ou outro, nas planilhas, como distâncias que não batem (por questão de metros, nada demais), marcos em lados errados (alguns tem aviso na própria planilha), os principais nós tentaremos lembrar aqui, mas não chega a comprometer. Tentei procurar relatos de quem fez, um dos que mais me ajudou foi o de um rapazinho que fez a ER com um Grand Vitara e sua sogra.

Como o objetivo da viagem não era o destino, mas sim o trajeto, também entramos no site de cada prefeitura para o que cada destino oferecia de melhor. Foi nossa primeira tarefa em equipe: fizemos um planejamento com previsão de distância, principais atrações, pontos de carimbo do passaporte, consumo e hora de chegada. Enquanto eu fazia os cálculos de distância e consumo, a digníssima ia consultando os sites das cidades e selecionando as atrações e pontos turísticos que procuraríamos.

Fizemos uma pastinha, como mapas, planejamento e pequena descrição das estradas e cidades.

 A preparação da viatura foi feita de acordo com o que exige um carro de 24 anos de idade:
- Substituição do carburador original pelo Weber 460
- Suspensão dianteira quase toda trocada.
- Coifas das homocinéticas trocadas.
- Sapata de freios, pastilhas e disco trocadas.
- Sapatas da corrente do motor.
- Lubrificação das homocinéticas e dos 7 pontos do carro.
- Troca de todos os fluídos.
- Revisão em toda a elétrica.
- E pneus. Uma odisseia, pois pelo menos aqui na região, é difícil encontrar pneus na medida do Niva, então mais pelo cansaço que pela lógica acabei optando por modelos "borrachudos" remold 225/70R16. Não prejudica no asfalto e dá muita segurança no off road (guardada as devidas proporções, pois não é o objetivo trilhas hardcore). O único porém, é que pegou um pouco no paralama direto da frente a meio curso da suspensão, e na caixa roda traseira esquerda quando chega no fim do curso da suspensão. O problema da frente, é devido à uma pequena batidinha que veio de brinde do dono anterior e deslocou o paralama para trás. O problema de trás ainda continua um mistério.
- O alternador do de 105 amperes do Brava não teve tempo de ser instalado, mas será, e já adianto que a adaptação não fica grosseira nem forçada.

Preparada a traquitana toda, ferramentas, água pro carro, óleo de motor, óleo de caixa, galões de combustível, estepe do estepe, caixa térmica (supimpa ;) com bastante água, barraca e etc, tanque cheio, galões cheios e gordurames, é hora de partir.

Primeira parada: Ouro Preto. Já na subida do Anel Rodoviário em direção ao RJ, antes mesmo de sair de BH, a viatura acelera sozinha. Pedal do acelerador intacto e aceleração no máximo, a primeira coisa que vem a cabeça é: "Queria chegar em Paraty e nem vou conseguir sair de BH. Estrada Real já era". Foi a conta de parar numa extensão do acostamento usado como ponto de ônibus, abrir o capô e começar a olhar para o motor, como se uma luz, viesse me dizer o problema (já que não sou mecânico). Resolvi tirar a carcaça do filtro de ar e desmontar o carburador, e a luz me mostrou uma mola solta na aleta onde vai o cabo do acelerador. A montei no lugar que me parecia mais apropriado e Bingo! Vai ter Estrada Real sim!!!

Parada obrigatória no Jeca Tatu pro pastel de angu. Ir para Ouro Preto e não parar lá chega a ser sacrilégio.




Chegada na velha e boa Ouro Preto, adoro este lugar.

Praça Tiradentes

Agora é achar a Secretaria de Turismo para pegar o passaporte e o primeiro carimbo. 

Passaporte da Estrada Real



Agora é romper para Glaura, primeira parada da ER! Agora sim é pra valer!!!


Início do Caminho Velho

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Para por o pé na estrada

Depois de muito surrar um pobre e valente Fiat Brava em todo tipo de estrada e terreno (guardadas as devidas proporções) realmente percebi que precisava de um carro que se sentisse à vontade na terra, na lama, nos barrancos e etc.

Assim entrou o Niva na minha vida, depois de tanto pesquisar, ler fóruns, conversar com pessoas que já tinham certa afinidade com mundo off road, cheguei à conclusão de que ele tinha o custo/benefício ideal para que pudesse conviver em paz com o Brava - do qual não pretendia, e não pretendo me desfazer tão cedo.

Assim me tornei um Niveiro. E este era o primeiro passo para realizar um antigo sonho: A Estrada Real.

Era questão de tempo me enamorar da Estrada Real. Indo para as áreas de camping, via um ou outro marco da Estrada Real e ia ficando cada vez mais instigado à conhecer todo o caminho escrito por eles


O segundo passo seria uma parceira que não só quisesse ir comigo, mas alguém que se divertisse comigo. Que vivesse esta aventura comigo de verdade, não só um "zequinha". Passo dois concluído: depois de casado, ganhei uma esposa/namorada/companheira/amiga/navegadora/fotógrafa.

Assim nasceu o projeto Lua de Mel/Estrada Real. E pretendo usar este espaço para dividir nossas experiências como marinheiros de primeira viagem à quem for de interesse e para que também possamos ajudar e encorajar à quem tem vontade de percorrer o caminho desenhado pela coroa portuguesa à alguns séculos.